Afinal, mouse gamer dá skill?

Um dos argumentos que mais vemos quando alguém tenta defender a ideia de que um mouse gamer não é diferente de um mouse de escritório é a frase “mouse não dá skill”. Bom, se isto é uma mentira, logo um mouse dá skill, correto? Errado. A intenção de dizer que ele não faz diferença alguma


Um dos argumentos que mais vemos quando alguém tenta defender a ideia de que um mouse gamer não é diferente de um mouse de escritório é a frase “mouse não dá skill”. Bom, se isto é uma mentira, logo um mouse dá skill, correto? Errado. A intenção de dizer que ele não faz diferença alguma que é uma completa falta de conhecimento, que é compreensível, mas deve ser combatida com informação.

Ao longo deste artigo vou tentar explicar e provar da forma mais completa possível um único argumento: Não, mouse de qualidade não dá skill, mas garante que o seu desempenho não seja afetado por falhas que muitas vezes você nem percebe, mas que estão frustrando a sua jogatina, pois você pode pensar que foi uma falha sua, e não do sensor vesgo do seu mouse!

A evolução no mercado de sensores

Se pararmos para analisar a situação do mercado de sensores gamers nos últimos anos, o qual é amplamente dominado pela Pixart, empresa que comprou a linha de produção de sensores da Avago em dezembro de 2011, vemos que a evolução dos últimos modelos vem sendo cada vez menor, afinal, a cada novidade o que constatamos são pequeníssimas melhoras na consistência, diminuição do Lift-Off Distance, aumento da tolerância à diferentes superfícies e melhoras no desempenho em DPIs mais altas.

Especificamente sobre o DPI, somente aproveitando a publicação para elucidar um ponto: A tendência é que sensores realmente continuem evoluindo na precisão em resoluções cada vez mais altas, pois elas tendem a continuar aumentando de acordo com o aumento da resolução de monitores.

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O Logitech G403 utiliza um sensor topo de linha, o Pixart PMW3366

O problema de sensores ruins

Quando você reserva alguns minutos para analisar as diferenças entre os testes que costumamos realizar em mouses nos reviews da comunidade entusiasta de periféricos, vemos que as diferenças entre os sensores vagabundos e os de qualidade é absurdamente grande, afinal, existe quase que literalmente um abismo entre a qualidade de um Pixart PAW 3309DH, presente no mouse do combo Devastator, e um Pixart PMW3366 de um G403, no entanto, embora seja difícil acreditar, existem usuários que defendem não existir diferença considerável entre os dois.

Um mouse como o Devastator não apenas sofre de problemas crônicos de imprecisão como também de uma das maiores adversidades presentes em sensores vagabundos: Uma velocidade máxima de rastreio risível.

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Interior do Devastator. Créditos: Wetto do Adrenaline

O que realmente afeta a sua jogatina

Como já constatamos nas dezenas de testes feitos em reviews, para que um mouse seja considerado minimamente bom para jogadores de FPS ele precisa atingir uma velocidade máxima de rastreio de pelo menos 2,5m/s, pois é bastante comum que este nível seja atingido em jogos de tiro, principalmente por jogadores que utilizam níveis de DPIs mais baixas (que geralmente são as mais precisas), pois eles reproduzem muito os movimentos que chamamos de “remadas” nos quais o mouse é reposicionado sobre o pad constantemente para dar continuidade à movimentos.

Já em outros casos um sensor impreciso ou com uma consistência ruim pode ser ainda pior, pois você literalmente depende da sorte para acompanhar um alvo em movimento já que sua mira estará tremendo, falhando ou até mesmo variando de velocidade. Acredite, você pode ser o melhor jogador do mundo com um mouse ruim, mas ele estará sempre te colocando em uma posição de desvantagem, fazendo com que frustrações estejam sempre batendo na sua porta e o seu verdadeiro potencial esteja sempre sendo reprimido.