Como funciona o Custo/Benefício de um Produto
Um dos principais pontos positivos do desenvolvimento de um mercado, principalmente do ramo de eletrônicos, é que novas marcas estão sempre surgindo e aumentando a competitividade, o que consequentemente obriga seus participantes a estarem sempre melhorando a qualidade de seus serviços e produtos, oferecendo sempre o melhor preço e custo/benefício.
Há pouco tempo comprar um teclado mecânico não era algo muito fácil no Brasil, isto porque eram poucas as opções que tínhamos disponíveis e o preço era elevadíssimo. Com a chegada de novas marcas, os preços começaram a cair e novas opções de produtos com componentes mais baratos e construção mais simples dominaram o mercado, vide Motospeed CK104, que mesmo sendo importado da China ainda era uma boa opção para quem não podia pagar por um teclado mecânico daqui.
Quando opções baratas começam a aparecer no mercado, surge o conceito de custo/benefício (ou CxB) para definir os produtos que são baratos e de qualidade, mas será que podemos nos limitar a esta definição? O que realmente faz um produto ser uma opção melhor do que outro mais caro?
Definindo um bom custo
É bastante óbvio que produtos mais baratos sempre terão um peso maior na decisão de um cliente e serão mais facilmente escolhidos principalmente pelos que não entendem muito bem o que faz um produto ter mais qualidade do que outro, no entanto, é preciso entender que um usuário não nasce com o conhecimento necessário para explicar porque um Ducky Shine 6 é melhor que um Havit HV-KB366L.
Com a maravilha do século XXI que chamamos de internet é possível buscar por fabricantes de componentes eletrônicos e descobrir o preço dos que são utilizados nos produtos que compramos. Claro, isto pode ser bastante difícil principalmente com marcas de produtos mais baratos, pois elas podem pegar seus componentes de um dos milhares de fabricantes de Hong Kong que não temos ideia da existência ou que simplesmente não possuem um site na web, mas na maioria dos casos podemos ao menos imaginar o custo máximo de uma peça baseada em outras mais caras.
Fazendo um levantamento básico do custo médio de um teclado é possível comparar o valor dele em sites de vendas internacionais como a Amazon, afinal, é bastante óbvio que não vamos usar como base o preço do produto direto aqui do Brasil com o sistema tributário terrível que temos, mas com estas outras referências é mais fácil ter uma ideia se o produto é overpriced fora do nosso país também.
Definindo um bom benefício
O benefício que um produto oferece certamente é a soma de suas funcionalidades com a qualidade de seus componentes. Estas variáveis ditam literalmente o quão benéfico é utilizar este produto em relação a outros, pois ele pode possuir mais recursos úteis ou simplesmente utilizar peças de uma qualidade e durabilidade maior.
Quando passamos em um quesito que avalia qualidade a complexidade da análise se torna muito maior, pois é difícil medir o quão bom é um componente sem ter equipamentos adequados para testá-los, portanto, quando nos deparamos com estes casos, somente a eficiência do controle de qualidade da marca e do fabricante de suas peças que vai dizer o quão bom pode ser um produto.
Outra maneira de medir a qualidade de um produto e sua durabilidade pode vir também de seus usuários, os quais dão feedbacks em fóruns e grupos de discussão a respeito de problemas que já tiveram e experiências pessoais com a garantia oferecida pela empresa, que geralmente trabalha com serviços de Autorização de Devolução de Mercadoria (do inglês RMA). Explicando de uma maneira mais genérica, se o produto não dá problema com facilidade, o benefício é maior.
Finalmente, a relação Custo/Benefício
Bom, se você for capaz de juntar 1+1 vai perceber que a relação CxB se dá pela junção destes dois pilares que expliquei até agora, portanto, tire da sua cabeça a ideia de que a definição deste termo se resume a um produto o mais barato possível com o mínimo de qualidade, ele pode fazer parte, mas não é só isso. A relação serve para dizer literalmente se um produto vale a pena ser comprado pelo preço cobrado.
Um dos melhores exemplos de headset gamer que costumamos utilizar para mostrar que uma relação CxB nem sempre se dá apenas em produtos baratos é o headphone HiFiMAN HE-400i, que é um fone de US$249 dólares com uma qualidade a nível de produtos muito mais caros que ele. Um exemplo da linha de mouse gamer é o mouse Logitech G403, que possui uma qualidade a nível de mouses de mais de R$350, mas pode ser facilmente encontrado aqui no Brasil por menos de R$200.
Quando você procura por um produto com a melhor relação custo/benefício, especifique quanto você pode pagar (a faixa de preço mínima e máxima), para que você quer usar (ex: um fone para música, filmes ou jogos) e qual é o tipo de produto que você está buscando (teclado membrana ou mecânico? Fone aberto ou fechado?), só assim pessoas que entendem do assunto e estão dispostas a te ajudar terão uma ideia de qual produto talvez se encaixe melhor no seu caso, diminuindo suas chances de frustração.
